13/12/2012 - Quase uma semana depois do incêndio que destruiu a loja Paulistão, a seguradora da empresa faz hoje a última vistoria no local para avaliar o prejuízo. Sentado em um banco de madeira e até um pouco sujo de fuligem, o proprietário do estabelecimento, Gilberto Cardozo, acompanha de perto a equipe fazer a vistoria.
“Estou aqui todos os dias, uma hora é com a Defesa Civil, outra com os bombeiros, agora com a seguradora. É interesse meu, tenho que acompanhar”, diz Gilberto. Ele explica que as vistorias realizadas antes foram por equipes de Campo Grande, enquanto esta última é feita por uma equipe técnica de São Paulo, que, junto com os relatórios anteriores, farão o fechamento dos prejuízos e do valor do seguro que o proprietário da loja irá receber.
Com tristeza ainda no olhar, Gilberto diz que o conforto vem do apoio demonstrado pelos clientes e fornecedores. “Ainda estamos baqueados, é ruim ver essa loja do jeito que está, mas o carinho dos amigos nos ajuda a enfrentar”, comenta.
Tanto o prédio quanto as ruas laterais estão interditados. A fuligem que ainda cobre a loja desperta em todos a lembrança do dia da tragédia. Para a dona de casa Maria Rosa Santos, 41 anos, passar pela Costa e Silva todos os dias e olhar o cenário que foi destruído pelo fogo gera um sentimento de tristeza.
“Eu já comprei muita coisa ai nessa loja, é triste ver como ficou, e pensar que tudo pode acabar de uma hora para outra”, lamenta a dona de casa.
Casas interditadas – Ainda na manhã desta quarta-feira (12), o proprietário do Paulistão esteve no escritório que foi interditado pelos bombeiros no dia do incêndio, pois a parede dos fundos da loja corria o risco de desabar.
De acordo o dono do escritório, Marcio Torres de Deus, Gilberto foi até o escritório junto com um equipe de engenheiros para avaliar como poderiam derrubar a parede danificada sem prejudicar o escritório e as duas casas que também foram interditadas.
Segundo Marcio, a demolição deve começar ainda na tarde de hoje, conforme foi combinado com o proprietário do Paulistão.
Ainda conforme o dono do escritório, os moradores das casas interditadas não estão mais lá. A irmã dele, que morava em um das residências, por enquanto está morando no quarto do escritório, e o casal, que ficava na outra casa, voltou para Terenos.
O delegado Fernando Nogueira, da 5ª Delegacia de Polícia, responsável pela região, disse que está aguardando p parecer da perícia, que deve indicar se o incêndio foi criminoso ou acidental. Para ele, a princípio não cogitou ser criminoso, mas trabalham todas as hipóteses.
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