04/11/2013 - Com prazo para acabar em novembro, a campanha de vacinação anti-rábica em Campo Grande ainda precisa imunizar 18,197 mil cães e gatos. Segundo a Prefeitura da Capital, do início do ano até agora, 106,031 mil animais foram vacinados em residências ou no CCZ (Centro de Controle de Zoonozes).
De acordo com os dados do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, a meta no entanto é vacinar 124,228 mil animais até o fim da campanha. No ano passado, 78,09% dos animais foram vacinados contra a doença, até agora, a campanha já vacinou 85% dos cães e gatos.
De todos os animais vacinados este ano, 86 mil foram cães e outros 20,031 mil gatos. Nesta semana, de acordo com a Prefeitura, as equipes do CCZ estão na região do bairro Cruzeiro, o mês de novembro será destinado para a vacinação dos animais que vivem na zona rural.
Na última semana, o bairro Monte Castelo recebeu a visita dos técnicos e os animais de alguns moradores receberam a vacina, um deles foi a vira-lata Cacau. A dona da cadela, Sandra Maria da Silva, de 57 anos, afirma que os técnicos passaram pelo local em maio e retornaram na última semana.
“Todo ano eu procuro deixar a Cacau vacinada. Esse ano ela já recebeu a vacina e está com a carteirinha em dia”, conta a dona de casa.
Apesar de muitos moradores confirmarem a visita das equipes, Odete Alves Martins, de 32 anos, afirma que tem um cachorro, mas que o animal não foi vacinado. “Não vi ninguém passar pelo bairro esse ano. Vou ter que procurar o CCZ para vacinar meu cachorro”, diz.
De acordo com o médico veterinário Fernando Ortiz Rossetto, de 30 anos, muitos moradores se recusam a autorizar a vacinação pela equipe do CCZ e acabam buscando os pets shops para deixar a carteira dos animais em dia.
“Muitos reclamam do abscesso que fica no couro do animal depois da vacina. Isso ocorre porque alguns técnicos aplicam a vacina puxando o couro dos cães ou gatos. Temos muitos moradores que procuram o pet shop e preferem pagar pela vacina”, explica o médico.
Nos pets shops e clínicas veterinárias, o valor das vacinas anti-rábicas custa em média de R$ 20 a 30 e todo animal que tenha mais que 4 meses de vida deve ser imunizado. O reforço vacinal deve ser feito todo o ano, alerta o médico.
As vacinas anti-rábicas oferecidas nas residências são de graça e quem não receber a visita das equipes do CCZ ou que não estiver em casa quando os técnicos forem, pode levar os animais no centro das 8 horas da manhã às 23 horas de segunda a sexta-feira. Aos sábados, o horário vai até às 18 horas. O CCZ fica na Avenida Senador Filinto Muller, 1601, na Vila Ipiranga em Campo Grande.
Desatualizado – Os dados da campanha anti-rábica em Campo Grande precisaram ser repassados ao Campo Grande News pela assessoria de imprensa da Prefeitura porque a base de dados do Ministério da Saúde não foi atualizada este ano.
Além da Capital, a situação de desabastecimento do sistema ocorre em outros 53 municípios. Dos 78 municípios, com exceção de Paraíso das Águas que não aparece na lista, apenas 30% atualizam os números regularmente.
De norte a sul do Estado, é possível encontrar cidades que não abastecem o sistema. Dourados, Corumbá, Ponta Porã, Coxim, Jateí, Mundo Novo e Maracaju são alguns dos municípios que não incluíram os dados no sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações.
A situação é tão complicada que cidades como Aquidauana, Juti, Cassilândia, e Nova Alvorada do Sul não preencheram nem os dados de animais vacinados do ano de 2012.
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