05/09/2013 - O jeito elegante, reforçado por um lenço de lapela rosa, combinando com a camisa, não deixa dúvidas de que o cirurgião plástico Robert Rey, o "Dr. Hollywood", gosta da áurea de celebridade, criada depois de reality show nos Estados Unidos. É a autoestima em pessoa, tema de palestra que faz hoje em Campo Grande, no Ondara Buffet.
A profissão e a fama de médico das celebridades renderam dinheiro, mas ele garante que nem sabe quanto tem no banco. “Só sei que tenho um monte de carro italiano", responde.
A ideia recente é um dia ser governador do estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Mas para isso, o “médico das estrelas” se filiou no inicio deste ano ao PSC (Partido Social Cristão), em São Paulo, o mesmo do polêmico pastor Marcos Feliciano.
Sobre política, ele resume a intenção em “levantar o Brasil”. Não fala mais nada, até porque a condição imposta pela assessoria de imprensa para entrevista era, justamente, não haver perguntas sobre o assunto. Nem com o questionamento do Lado B já de saída, Rey quebrou o "protocolo".
Desde os 11 anos morando nos Estados Unidos, Robert Rey hoje com 51 anos o médico só diz que pretende reforçar a política nacional, mas ainda não fala em um cargo para concorrer nas próximas eleições.
Nascido em família pobre, quando criança foi adotado por mórmons. Cresceu sabendo do preconceito contra latinos, o que segundo ele o levou a querer participar da vida política. “O latino no exterior olha para o chão. Eu demorei 20 anos para conseguir olhar para o alto”.
De volta à terra natal, ele repete o discurso da oposição. Critica o preço abusivo dos impostos e o sistema de saúde pública. “Vim ajudar o Brasil”. Rey é formado em Medicina pela universidade de Harvard, e teve como colega de campus o presidente Barack Obama, o que faz questão de propagar.
O médico explica que a entrada dele no partido de Feliciano, que é tido como homofóbico, foi por conta da sua fé. Rey se diz muito religioso.
O estilo por vezes "abusado" de se vestir e se portar, sempre fizeram da sexualidade dele um motivo de questionamento do público. Mas o médico foge de qualquer polêmica relacionada a homossexualidade, diz apenas: “Sou apaixonado pelas mulheres”.
Ele veio a Campo Grande ministrar uma palestra sobre autoestima e sucesso. Para dar uma mãozinha à mulher brasileira, se faz em elogios: “Somos a raça mais linda do mundo”. Tanto é, que o atributo mais cobiçado pelas pacientes são as intervenções cirúrgicas para deixar o bumbum parecido com o das brasileiras, lembra. “Todas querem ser brasileiras, é o padrão de beleza do mundo”.
Ninguém tem uma autoestima perfeita, avisa, mas ele garante que vai conseguir levantar as de muitas mulheres em apenas um bate-papo.
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