05/08/2013 - Pelo menos 50 mulheres participaram, na manhã deste domingo (4), da “Hora do Mamaço”, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O evento, que acontece em outras cidades, estados e países, em comemoração à Semana Mundial do Aleitamento Materno, promovida no início de agosto, teve maior adesão nesta segunda edição, mais que o quádruplo de público do ano passado, e reuniu não só mães de primeira viagem, mas quem deixou de amamentar há anos e até quem ainda está esperando o bebê.
Os pais, desta vez, compareceram em peso. Representantes de entidades e profissionais da saúde também estiveram presentes. No local marcado, próximo à entrada lateral da lagoa, o gramado ficou tomado de mães e de crianças de colo, acompanhadas de pais e avós “corujas”.
Não faltaram máquinas fotográficas para eternizar o momento. Em cada canto, com cada mãe, se encontrava uma história. Todas, em geral, sabem da importância do aleitamento materno, defendem a amamentação, valorizam e destacam os pontos positivos da iniciativa que, nas palavras delas e dos organizadores, deve continuar.
Para a médica veterinária Denise deMiranda, de 41 anos, que foi com a filha, Anahy, de 2 meses, a proposta vai além da divulgação da importância do ato porque reforça que o contato com o filho não deve ser dispensado. “Tem muito dessa questão humana. Aqui em Campo Grande temos poucas iniciativas que valorizam essa maternidade ativa, onde a mãe é protagonista e se envolve em todo o processo".
Denise leva isso tão à sério que fez questão de ter a filha por parto normal. Foi um "sufoco". Dez horas esperando a pequena vir ao mundo, mas o esforço, diz ela, valeu a pena. O envolvimento afetivo com a menina é muito maior. Discurso semelhante tem a policial militar Rosane Maciel, de 35 anos, mãe da pequena Giovanna Luiza, de 2 anos e três meses. A menina, filha única, ainda está sendo amamentada.
“Tenho vergonha da minha barriga, que ficou saliente, mas meus peitos vivem de fora para ela mamar”, disse, com segurança, sem o mínimo constrangimento. A vaidade ainda existe, mas a importância maior, hoje, é em ser mãe, sonho que ela só conseguiu realizar graças a um tratamento.
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